segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PESSOAS

Interessante essa dificuldade que tenho em desfrutar dos prazeres institucionais.
Parece que as vitrines não foram feitas para mim.
Sou, ou pelo menos me sinto, um estranho no ninho e confesso que isso já me preocupou um pouco.
Preocupou pela distância que me impôs em relação à felicidade daquelas coisas que o dinheiro pode comprar.
Mesmo pagando o preço quando possível, não conseguia sentir prazer em tê-las.
Sabe aquela contabilidade de "quantas a gente tomou naquela festa"?
Realmente um porre.
E aqueles "lugares maravilhosos" que a tua amiga visitou...
Cobertos de gelo e que ela fez 750 fotos e quer te mostrar.
E agora?
E aquela "pousada aconchegante" com um riacho nos fundos, lembra?
Não, não lembro.
Mas enfim, a vida quase sempre propõe compensações e é claro que tive as minhas.
Com o passar do tempo descobri o meu próprio caminho.
Descobri as pessoas.
No circuito off-line é claro.
Curtir a noite?
Sim, de preferência recostado no colo de quem se ama.
Viajar?
Pra qualquer lugar, estando acompanhado.
Não fazer nada?
Perfeito, podemos ficar só conversando e está ótimo.
Ver um bom filme, tomar um sorvete, ir à praia, almoçar juntos, até mesmo passear num shopping, com pessoas em volta tudo fica assim mais...
Mais assim, como eu diria?
Ah, não importa.
O que importa são as pessoas...
Luís Poeta

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