Sou uma pessoa de sorte. Conheço a felicidade e conheço bem de perto.
Quem diria, e não é que ela tem nome, endereço e telefone?...
Tem um sorriso lindo, tem uma voz agradável, tem a altura e o peso ideal para uma grande paixão.
É extremamente delicada e consegue traduzir em palavras uma ternura tão aconchegante que deixaria à vontade até mesmo uma pessoa estranha.
É atemporal, possui o sexo dos anjos e sintetiza o espírito do bem.
Hummm, já sei o que você está pensando:
-Mas isso é uma pessoa e eu também conheço alguém assim.
Que bom diria eu, que bom que você também conhece a felicidade.
As várias felicidades que habitam a nossa vida.
Habitam a nossa vida e dão sentido a ela.
Nos fazem companhia, compartilham, sorriem, choram e se vão.
Nos telefonam, nos procuram, conversam, escutam e se vão.
Depois voltam, se vão e voltam novamente.
Como as ondas do mar.
O seria de nós sem os nossos amigos?
O que seria de nós sem os nossos amores?
Hoje eu não teria respostas para essas perguntas.
Mas tenho o privilégio da consciência, de mim mesmo e do que me cerca.
Sei do valor e da importância que as pessoas têm em minha vida.
E é tal que às vezes se fundem e se confundem em meu pensamento, vida e pessoas.
Talvez seja essa a idéia mais próxima do tudo e do todo.
E vejam só, mais uma vez estou falando de relacionamentos.
Relacionamentos que em sua grande maioria possuem a cara da felicidade.
Luís Poeta
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
MANUAL E PRODUTO

"Querida Paciente"
-Você que está querendo entender os homens e seus relacionamentos e para isso foi buscar uma espécie de manual escrito pela Oprah Winfrey.
Saiba então, que existe uma diferença muito grande entre manual e produto.
Vamos pegar por exemplo uma máquina fotográfica que é algo um pouco complexo, muito menos que uma pessoa é claro.
Puxa, quanta diferença entre o conhecimento de todos os botõezinhos e a paisagem em sí.
Quanta diferença entre a paisagem em sí e as lembranças que aquela foto um dia nos trará.
Lembranças essas que estarão ligadas a qualidade de relacionamento que no momento da foto tivemos com a paisagem, com o tudo e o todo.
O quanto nos identificamos, o quanto amamos, o quanto nos entregamos a essa vivência no momento em que acontecia.
Assim são os relacionamentos.
Retratos das nossas vivências com as pessoas, com a vida, com o tudo e o todo.
Ah, o manual, que num primeiro momento parecia tão importante, acabei esquecendo dele.
É que na hora da foto estavam acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo.
Eu estava emocionado com a beleza do lugar, estava envolvido com as pessoas que me acompanhavam.
Naquele dia já havia experimentado tantos sentimentos, acordara tão disposto, depois me senti um pouco cansado e fui de novo.
E assim foi, e depois mais um dia e um outro dia e um outro dia.
E assim foi, e depois mais um relacionamento e um outro relacionamento e um outro relacionamento.
Às vezes com a mesma pessoa, às vezes com pessoas diferentes.
Foi fácil, foi difícil, agradável, às vezes nem tanto.
Fui feliz, às vezes sofri, às vezes nem tanto.
Enfim...
A vida acabou se tornando os meus relacionamentos.
Olhando para trás, não imagino como consegui fazer tantas coisas, ser tantas coisas.
Só sei que foi vivendo que o caminho se fez.
Eu acabei sendo o meu próprio caminho.
Eu acabei sendo o meu próprio e maior relacionamento.
Aquelas pessoas estavam ali, me amando, para que eu me conhecesse através delas.
Aquelas pessoas estavam ali, me amando, para que eu me amasse através delas.
E assim foi, tudo junto e misturado.
Coisa que nenhum manual, com certeza, jamais poderia prever, muito menos explicar.
(Esse texto foi escrito originalmente como uma hipotética resposta ao questionamento de uma paciente à sua terapeuta. Como o tema é fascinante tomei a liberdade de usá-lo como fonte de inspiração.)
Luís Poeta
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